Esta síndrome é um transtorno dos discos intervertebrais e vértebras cervicais caudais que ocasiona espondilopatia, com compressão da medula espinal, mielopatia.
É uma doença relativamente comum em Doberman pinscher, Dogue alemão e outras raças caninas grandes.
A etiologia é desconhecida, mas pode ser nutricional, traumática, hereditária ou adquirida, por tanto é uma síndrome que provavelmente tenha etiologias múltiplas.
A doença discal pode acontecer seja por instabilidade vertebral, ou pela degeneração primária do disco intervertebral, a compressão medular aparece quando o espaço discal colapsa. Se houver uma má-formação óssea congénita pode apresentar-se em qualquer ponto da coluna cervical.
Referente à nutrição acontece com as dietas abundantes em cálcio que exacerbem as más-formações nos cachorros de Dogue alemão. E as más-formações congénitas podem relacionar-se com os distúrbios na ossificação endocondral.
Esta doença acontece nas raças anteriormente citadas e proporcionalmente é maior nos machos que nas fêmeas.
Os animais afetados no geral perdem coordenação, afeta as 4 extremidades, mas os sinais começam, e são mais pronunciados, nos membros posteriores. Em algumas ocasiões pode desencadear-se por um traumatismo.
Aproximadamente 40% dos casos têm antecedentes de dor de pescoço.
Os afetados aumentam a base de apoio, isto é, abrem mais as suas patas de trás e o andar torna-se mais rígido, com os membros retos e o pescoço em flexão ventral, para baixo, porque esta postura induz menos nível de compressão medular espinhal, dando menos dor.
O diagnóstico é feito em base aos sinais, a radiologia e a mielografia.
Por ser um processo progressivo crônico, o tratamento médico apenas induz uma melhoria temporal, devendo ter o animal confinado durante 1 mês, e com a administração de anti-inflamatórios.
Se não apresenta melhoria em 3 ou 4 semanas, ou se começa com um deterioro neurológico deve considerar-se a intervenção cirúrgica.