Apesar dos peixes serem animais que estão adaptados para o meio aquático, os seus tecidos necessitam de oxigénio para sobreviver, cobrindo desta forma as necessidades relativas à energia que necessitam, tal e qual como acontece com os animais terrestres. Contudo, é o oxigénio que há debaixo da água que define como respiram os peixes. E para isso, utilizam principalmente as suas guelras como órgãos que fazem parte do seu aparelho respiratório.
Como respiram os peixes?
A respiração dos peixes baseia-se no facto de que estes não saem para a superfície da água para apanhar ar, mas sim para extrair o oxigénio que a água contém. É importante destacar que a quantidade de oxigénio que existe na água varia em função de fatores como a temperatura da mesma e a presença de plantas aquáticas que produzem oxigénio.
Independentemente disso, as guelras determinam como os peixes respiram, que é ao apanhar o oxigénio debaixo da água. Este órgão costuma encontrar-se no interior da cavidade opercular, ou dito de outro modo, na parte da cabeça dos peixes que se abre. Pelo menos, é assim que os peixes teleósteos funcionam, e estes, englobam a maioria dos peixes.
As guelras, que atuam como um dos principais órgãos respiratórios dos peixes, por sua vez podem ser diferentes de acordo com o tipo de peixe:
- Agnatos: peixes sem mandíbula como as lampreias ou as mixinas.
- Condríctios: peixes cartilaginosos como os tubarões e as raias.
- Osteíctes: peixes ósseos comos o salmão e o atum.
Processo de respiração branquial
Todos estes peixes teleósteos compartilham a característica de que as suas guelras estão suportadas por quatro arcos branquiais. De cada um destes arcos saem dois filamentos epidérmicos em forma de “V” que contam com lamelas ou lamelas secundárias, onde são produzias as trocas gasosas. Aqui o sangue do sistema circulatório dos peixes permite a obtenção de oxigénio e o transporte do dióxido de carbono resultante dos processos oxidativos celulares para guelras da cara até a sua expulsão.
Para explicar como respiram os peixes há que detalhar em que consiste um processo denominado “bomba buco-opercular”. Uma vez que o peixe abre a boca e aspira a água, envia-a para a cavidade opercular. Por sua vez, esta cavidade suga a água, contraindo-se até obrigar o líquido a passar pelas guelras. É ali que se produzem as anteriormente mencionadas trocas gasosas.
Desta forma, os peixes aspiram a água pela boca e os vasos sanguíneos que possuem as estruturas que formam as guelras, encarregam-se de extrair o oxigénio. Para isso, é útil visualizar as guelras como membranas com buracos através dos quais as moléculas de oxigénio são absorbidas pelo corpo do peixe.
Órgãos respiratórios dos peixes
Como já vimos, os peixes são capazes de extrair oxigénio através das suas guelras. Mas, também podem fazê-lo com a sua pele no caso de se tratarem de peixes sem escamas e inclusive mediante estruturas respiratórias temporais como o tecido do saco vitelino que possui os embriões dos peixes, surgindo assim diferentes formas que definem como respiram os peixes.
Contudo, com o tempo, o aparelho respiratório dos peixes evoluiu, dando lugar ao aparecimento dos chamados “dipnoicos” ou peixes pulmonados.
Existem até seis espécies conhecidas deste tipo de peixes:
- Peixe de pulmonado americano
- Peixe pulmonado africano
- Peixe pulmonado marmoreado
- Protopterus amphibius
- Protopterus dolloi
- Peixe pulmonado de Queensland ou australiano
E se se destacam por algo, é porque respiram comos peixes com pulmões, já que são capazes de respirar ar fora de água, e ainda mais quando o oxigénio dentro dela é escasso.
Como respiram peixes através do ar
Este processo é possível graças a uma espécie de pulmões, a bexiga natatória, que se adapta à respiração dos peixes para que se realize através do mesmo ar. Isto costuma acontecer em muitas classes de peixes que se produzem em águas doces tropicais e alguns de água salgada devido ao seu hábito de respiração aérea temporal.
Desta forma, os pulmões deste tipo de peixes cumprem a mesma função que a dos pulmões dos animais vertebrados que é aspirar oxigénio do próprio ar. Por isso, os pulmões dispõem de septos internos, além de rugosidades, que dividem os espaços de ar em compartimentos pequenos, criando assim bolsas alveolares cobertas por vasos sanguíneos.
Através deste processo, o mecanismo respiratório destes peixes encarrega-se de proporcionar e distribuir o ar dentro dos seus pulmões, recebendo um conteúdo sanguíneo que provém das suas artérias branquiais eferentes, as quais devolvem o sangue já oxigenado desde os pulmões até o coração do peixe.
Se queres saber mais sobre peixes, no nosso blog podes encontrar um apartado que fala só sobre eles. Lê mais aqui!
Ajudante Técnico Veterinário especializada em etologia canina. Tiendanimal me permite trabalhar no que mais me apaixona: o mundo animal. Consigo conciliar o meu trabalho com voluntariados em protetoras, santuários, reservas e qualquer evento ou atividade relacionada. Tenho participado de diversos seminários e cursos relacionados com a educação canina, as aves, a primatologia e muito mais. Desfruto a aprender cada dia mais destes incríveis companheiros com os que temos a sorte de conviver.