A maior parte das pessoas não tem consciência de que os nossos animais de estimação também envelhecem, e certamente isso ocorre porque não queremos que mudem nunca ou que nos deixem jamais. No entanto, é importante termos consciência disso, já que assim como nós, com o passar do tempo os nossos pequenos começam a ter outras necessidades. Tanto o seu corpo quanto a sua mente mudam, por isso o ideal é amenizarmos todas essas mudanças.
A partir dos 7 anos aproximadamente considera-se que os cães entram na terceira idade, uma fase da vida na qual começam a ter novas necessidades. Na realidade depende muito da raça e do tamanho do cão. Hoje em dia muitos cães de raças pequenas podem viver 15 anos ou mais.
O envelhecimento do nosso cão exige um esforço de adaptação da nossa parte, teremos que observá-lo mais do que nunca para detetar qualquer mudança nele, sermos mais pacientes e ajustar mais do que nunca a nossa rotina à dele.
A primeira necessidade é uma consulta veterinária completa para detetar uma possível piora na saúde do cão e para esclarecer nossas dúvidas sobre essa época da vida do nosso animal de estimação. Agora, mais do que nunca, devemos manter contanto com o nosso veterinário, já que qualquer mudança na conduta do cão poderia se dever a um problema de saúde. Precisará de controlos periódicos de saúde com maior frequência do que antes.
Novas necessidades físicas e mentais
É possível que o nosso peludo já não seja tão ativo, que as rotinas de passeios e os exercícios que praticávamos com ele comecem a ser muito exigentes e que tenhamos que nos adaptar ao seu novo ritmo, sempre decrescente. Certamente isso não significa que devemos deixar de passear com ele, de fazer exercícios ou de brincar. Somente temos que encontrar as atividades e durações adequadas para cada cão idoso. Se fizermos muito pouco as suas articulações irão ancilosar e perderá flexibilidade e força. Além disso, é possível que o nosso cão precise sair de casa com mais frequência porque com a idade são menos capazes de segurar as suas necessidades. As brincadeiras devem ser adaptadas ao seu estado físico e agora, mais do que nunca, são importantes os exercícios de olfato e de inteligência, que os entretêm e os acalmam sem causar muito desgaste físico.
Os seus sentidos pioram, pode ter problemas para ver e ouvir com clareza e isso irá se traduzir em comportamentos como não vir quando o chamamos, ir em outra direção, etc. Se não levarmos isso em conta, é possível que acreditemos erroneamente que o cão tornou-se desobediente. Também pode sentir mais frio e precisar de uma camisola para sair ou que não cortemos o seu pelo tão curto como o fazíamos antes.
Da mesma forma, as suas capacidades mentais declinam: a memória, a orientação, a capacidade para resolver problemas… Tudo isso também nos fará ver comportamentos diferentes e demandará que tomemos novas precauções, como por exemplo ao deixá-lo solto, pois pode ficar desorientado, ficar mais lento ao reagir diante de qualquer eventualidade, etc. Isso também pode se traduzir em uma nova forma de se relacionar connosco, mais distante ou, pelo contrário, mais dependente. Quanto a isso, novamente, os exercícios de farejo e de inteligência irão ajudar a retardar a perda de capacidades.