Os peixes mais comuns num lago de jardim são as carpas ou koi. Estes peixes são muito resistentes e requerem poucos cuidados, vivem muitos anos e são muito coloridos e vistosos, portanto são muito bonitos e fazem com que o lago seja um lugar muito atrativo dentro do jardim.
O cuidado dos koi tem vários aspectos, mas os mais importantes são a nutrição e a qualidade da água do lago. Este último é o ponto crítico para ter uns peixes saudáveis e longevos. Eles podem viver muito tempo sem alimento, comendo larvas e restos vegetais, mas podem morrer em poucas horas se faltar oxigênio dissolvido na água.
A água é considerada de boa qualidade se:
- não tem cloro nem pesticidas ou químicos,
- não contém níveis detectáveis de amoníaco e nitritos
- os valores de dureza, pH e temperatura estão dentro dos parâmetros admitidos.
- a sua qualidade é estável no tempo
Os especialistas recomendam monitorar estes valores com os testes apropriados pelo menos uma vez por mês, e até mais se o lago é novo e ainda não está maduro com a povoação de bactérias benéficas já estabelecida. Há boosters biológicos para adicionar nesta etapa e acelerar a maturação. Nunca há que considerar a clareza da água como prova de boa qualidade; há águas que são muito cristalinas, mas são tão más para a vida que nem sequer as algas podem crescer nelas.
Para ter uma água de excelente qualidade é indispensável um bom sistema de filtragem que combine métodos mecânicos, para remover as impurezas grandes do aquário, e biológicos, para eliminar o amoníaco e os nitritos. Existem muitos filtros muito bons que consistem numa bomba que faz circular a água através de diferentes meios com material filtrante que limpam as impurezas e devolvem-na ao lago. Para garantir uma correta oxigenação da água, esta deve circular com forma de corrente ou com uma cascata que garanta a formação de borbulhas para a troca de oxigênio com o ar.
No que respeita à nutrição, os koi são peixes muito vorazes que comerão quase qualquer coisa que atiremos ao lago. É importante não os superalimentar, já que comerão em excesso e sofrerão de obesidade. Além disso, qualquer resto de comida apodrece-se e afeta à qualidade da água. A dieta básica destes peixes é o alimento comercial com forma de grânulos ou palitos, que devem ter o tamanho adequado segundo o tamanho dos peixes. Na dúvida ou falta de stock, é melhor levar um alimento de grânulo menor, desta forma terás a certeza de que os teus peixes poderão comer sem magoar as bocas com pedaços demasiado grandes ou duros. O conteúdo de proteínas do alimento deve ter entre 32 e 40%, com as maiores percentagens para peixes em crescimento. Um bom alimento comercial também inclui enzimas que facilitam a digestão e vitaminas A (para a vista), B (para energia e digestão), C (para imunidade e crescimento ósseo) e E (para a saúde reprodutiva). São recomendadas as dietas com gérmen de trigo para um crescimento ótimo e spirulina para ressaltar a cor. A quantidade de comida que deves subministrar é a que os peixes possam comer em alguns minutos, sem deixar nenhum resto que possa apodrecer-se na água. É melhor dar pequenas quantidades várias vezes durante o dia que oferecer uma refeição abundante de uma só vez.
É conveniente suplementar estas dietas com alimentos naturais como pedaços de frutas, de lulas, camarões ou carne de peixe de vez em quando. Os teus peixes vão agradecê-lo, comer até o último pedacinho e crescerão mais depressa e mais saudáveis do que nunca.
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