Estes pequenos habitantes dos intestinos dos nossos animais de estimação se propagam com extraordinária facilidade, e devemos considerar que qualquer cão ou gato que sair de casa está exposto a contrai-los e de ser desparasitados periodicamente.
Os parasitas internos em cães são a causa mais frequente de diarreia em nosso melhor amigo. Mesmo os recém-nascidos podem recebê-los através do leite da sua mãe ou pela entrada de larvas que estejam no chão. Estas são capazes de atravessar a pele saudável dos animais quando se deitam a descansar.
O diagnóstico dos parasitas em cães é muito simples; é feito um exame da matéria fecal de 3 a 5 dias para buscar os ovos ou os proglotes.
Como prevenir os parasitas intestinais em cães?
No geral, os cães adultos podem hospedar parasitas sem ter nenhum sintoma aparente. Estes estão saudáveis, mas disseminam os parasitas cada vez que defecam no jardim ou na rua. Por isso recomenda-se desparasitar regularmente a cada 3 ou 6 meses para prevenir o contágio (o teu veterinário indicar-te-á a frequência adequada segundo o teu animal de estimação, se houver crianças pequenas em casa, e os hábitos de passeio e saídas).
Isto pode ser feito com o uso de um desparasitante de amplo espectro em animais saudáveis ou realizando um exame de matéria fecal que indique qual tratamento usar. Novamente é o veterinário quem dirá como fazer em cada caso, pois há algumas situações especiais que requerem tratamentos específicos.
Como é o ciclo dos parasitas intestinais em cães?
Os parasitas hospedados no intestino soltam ovos que são eliminados com a matéria fecal. Uma vez no chão nascem as larvas que estão prontas para subir nos cães ou gatos (ou pessoas) que circulem pela zona. Também podem ser ingeridas diretamente se o animal comer relva, se tomar água contaminada, se lamber a região perianal de outro animal, etc. Estes ovos ou larvas vão diretamente para o intestino ou migram e se hospedam em outros tecidos do corpo, segundo a espécie do parasita, logo crescem e, por sua vez, começam a liberar ovos.
Alguns parasitas intestinais em cães fazem ciclos indiretos e precisam hospedar-se em um hóspede temporário antes de chegar ao definitivo. Este é o caso das tênias nas pulgas ou da leishmania nos mosquitos.
Parasitas internos em cães mais frequentes
- Ascaris ou ascaridida. São especialmente nocivos nos cachorros e não tanto nos adultos. São bastante longos e brancos, e têm a aparência de um esparguete. Eliminam-se com os desparasitantes comuns.
- Ancylostomas. Podem causar vómitos e diarreia tanto em adultos como em cachorros. São pequenos e muito finos, como de 1 cm de comprimento e também são eliminados com os desparasitantes comuns.
- Trichuris. Estes parasitas intestinais em cães se hospedam no intestino grosso e são os causantes de diarreias crônicas tanto em cachorros como em adultos. Aderem-se fortemente à mucosa e eliminam poucos ovos, por tanto às vezes são difíceis de diagnosticar e eliminar. Utilizam-se os mesmos desparasitantes que para os vermes, mas com maior frequência e durante mais dias seguidos.
- Tênias. Todas fazem ciclos indiretos e geralmente não provocam sinais clínicos. As mais comuns são, a simples vistas, do tamanho de um grão de arroz grudadas nos pelos ao redor de ânus ou na matéria fecal. Estes parasitas intestinais em cães costumam causar comichão e o animal se arrasta sentado no chão para aliviá-la. Eliminam-se com Praziquantel, presente nos desparasitantes de amplo espectro.
- Coccidiasina. Afetam quase que exclusivamente aos cachorros e provocam diarreias bastante severas. Não podem ser vistos à simples vista, apenas com exame de matéria fecal. Não se eliminam com os desparasitantes de rotina, e sim com sulfas ou metronidazol.
É importante destacar que os desparasitantes não têm efeito residual no organismo. Quando os dás ao teu animal de estimação elimina os parasitas que estiverem no momento, mas pode contagiar-se novamente no dia a seguir se continua exposto a uma fonte de ovos ou larvas. Por isso, para combater os parasitas intestinais em cães, é necessário desparasitar periodicamente, assim a quantidade no intestino nunca chega a ser tão grande como para provocar sintomas.
Outro dado importante é que toda desparasitação deve repetir-se passados 15 dias para eliminar as larvas que tenham resistido à primeira dose de desparasitantes.